Mas o bebedouro deve também localizar-se num ponto onde você possa apreciar os visitantes por ela atraídos, e preferivelmente próximo de uma torneira, para que você não tenha preguiça de trocar a água com a freqüência necessária.
Arquivado em la Categoría » Irrigação de jardim «
Um bebedouro pode transformar-se numa atração a mais no seu jardim. São disponíveis em variados estilos, do mais simples ao mais sofisticado e, inclusive, você mesmo pode fazer um. De qualquer modo, evite bebedouros com peças móveis ou cavidades sombrias, que possam assustar ou intimidar os pássaros. Por outro lado, não hesite em liberar seu senso estético, e considere que seria muito bom que fosse montado sobre um pedestal a uns 90 cm do chão.
Nas ilustrações destas páginas, algumas sugestões. Bom proveito.
TORNANDO A ÁGUA ACESSÍVEL
A superfície onde os pássaros entram na água deve ser áspera, permitindo firmeza no pisar. Materiais com textura apropriada para O bebedouros seriam o concreto, a pedra, o seixo, a cerâmica rústica e a areia. Superfícies lisas e escorregadias, como plástico ou metal, não podem ser consideradas recomendáveis. O recipiente d’água deve possuir uma seqüência gradual de profundidade. Quase to dos os pássaros de jardim têm medo de água com espelho de mais de 5 ou, no máximo, 7 cm de profundidade. Um beirai ou poleiro, onde possam pousar antes de entrar na água, seria também muito adequado.
Água irrigação
E por esta razão que, quando se cortam ramos de uma planta, freqüentemente eles logo murcham, já que a colu-nazinha de água foi interrompida e a “bomba de sucção” das folhas passa a “girar em falso”. Mas, tão logo o ramo seja colocado na água, a continuidade do fluxo é restabelecida e, em pouco tempo, as folhas e flores voltam ao normal.
Pra terminar, em síntese, as forças que permitem a ascensão da água à grandes alturas nas plantas, são fundamentalmente duas. A primeira é a força de coesão das moléculas da água (os elos da corrente). A segunda é a pressão osmótica. Esta última, aliás, pode alcançar valores incrivelmente elevados. Em algumas sementes foram medidas pressões superiores a 1.000 atmosferas.
Um sistema com duas bombas.
Em resumo, podemos imaginar a planta como um sistema munido de duas bombas. A primeira, premente nas raízes, absorve a água e a faz circular pela “rede hidráulica” os vasos do lenho. A segunda, de sucção, estariam nas células das folhas, que abrem suas torneirinhas e derramam água na atmosfera. Todavia, isso só é possível, porque a estrutura química da água é composta de moléculas que estão ligadas entre si como os elos de uma corrente. É essa conformação, aliás, que dá aos líquidos sua compacidade (a capacidade de “viverem grudados” uns nos outros, e não se interromperem sem que uma força maior os separe).
De modo não muito diferente, uma célula da raiz, que fica em contato com a água que circula no solo, estará apta a absorver a água se, a sua pressão osmótica for maior que aquela das soluções circulantes no terreno. Entrando água, a sua pressão osmótica diminui, e logo as células que a cercam passam a ter uma pressão osmótica maior, fazendo com que suguem água da primeira.
Uma árvore de 50 m de altura exige uma bomba de 2 cavalos.
Esta perda de água gera um aumento da concentração das substâncias nela dissolvidas, com o conseqüente aumento da pressão osmótica e, em contrapartida, um aumento da força de sucção em relação às células adjacentes. Na verdade, a célula da folha projetada para o exterior, funciona como uma torneirinha que, tão logo seja aberta, deixa jorrar a água e solicita mais água ao sistema hidráulico ao qual está ligada.
Sistema de irrigação
Cada célula pode ser considerada como uma bomba de aspiração, cuja força de sucção é igual à pressão osmótica menos a pressão de turgidez. Assim, quando as duas pressões forem iguais, a força de sucção será nula. Em contrapartida, se a pressão osmótica for maior, a célula solicita água. E se o que for maior for a pressão de turgidez, a célula perde água. Imagine agora uma célula de uma folha, por exemplo, que, através da abertura do Por estômato (poro), comunica-se O com o exterior. Ela, naturalmente, terá tendência a perder água pela transpiração.
Conseguinte, quanto maior for a concentração dessas substâncias, maior será a forma de pressão. Essa pressão é chamada tecnicamente de pressão osmótica. Em contraste com ela, temos a pressão exercida sobre as paredes da célula (as paredes do balão de borracha, no exemplo) e que é conhecida como pressão de turgência. Daí, quanto maior for a concentração de substâncias dentro da célula (a pressão osmótica), maior será a força com a qual será solicitada á água do exterior, afim de diluir a solução. Tudo isso é possível, porque a membrana que separa o exterior do interior de uma célula, pode ser considerada semipermeável. Isto é, permite que a água, mas não as substâncias nela dissolvidas, consigam atravessá-la.
O que foi descrito acima está aquém do exato, mas é esta simplificação que facilita o entendimento de alguns fenômenos.
Em uma célula vegetal acontece algo parecido. Cada célula está em contato com outras células ou com o exterior. Mas acontece que o interior das células é constituído fundamentalmente de água, na qual estão dissolvidas inúmeras substâncias. Assim, a concentração destas substâncias pode ser comparada, aproximadamente, à quantidade de ar do balão de borracha do nosso exemplo.
Recent Comments